Ocotea laxa (Nees) Mez

Informações da avaliação de risco de extinção

Informações sobre a espécie

Notas Taxonômicas

Rohwer (1986) considerou O. teleiandra sinônimade O. laxa, entretanto, O. teleiandra apresenta folhas sem domácias nas axilasdas nervuras e fruto maior com cúpula de margem simples. Assemelha-se a O. brachybotrya,mas esta também apresenta folhas sem domácias (Brotto, 2010). Caracteriza-sepor folhas elípticas com face abaxial esparso-pubescente, padrão de nervaçãobroquidódromo, reticulado laxo, com domácias em tufos de pêlos na axila de nervurassecundárias e frutos globosos sob cúpula subemisférica, com tépalaspersistentes. Nomes populares: "canela-preta", "canela-fedida", "canela-de-folha-miúda", "canela-pimenta" (Quinet, 2008).

Dados populacionais

Espécie considerada comum na Mata Atlântica porCaiafa; Martins (2010) segundo classificação de Rabinowitz. Foram encontrados 494ind. com 96,5 ind./ha em área de Cerrado da Reserva Ecológica de Acauã (Freitaset al., 2007). Carvalho et al. (2000) registraram dois ind. no Parque Estadual doIbitipoca, MG. Oliveira-Filho et al. (1994) registraram 43 ind. no Rio Grandena Fazenda Botelhos, Bom Sucesso, MG. Na Mata da Subestação, Lavras, MG, foramamostrados 21 ind. com DA: 10,1 ind./ha (Espírito-Santo et al., 2002) Borém; Oliveira-Filho(2002) encontraram dois ind. na fazenda Biovert, Silva Jardim, RJ. Em Marquês deValença, RJ foram amostrados quatro ind. (Spolidoro, 2001). O. laxa ocorreu em umestudo no entorno da barragem do rio São Bento, Siderópolis, Santa Catarina comDR: 0,1% (Colonetti et al.). No Parque Botânico do Morro Baú, Ilhota, SC, foramamostrados 16 ind. (Iza, 2002). Na Reserva Natural Rio Cachoeira, Antonina, PR,foram amostrados dois ind. (Liebsch et al., 2007). Em Santa Rita de Caldas, MG,foram registrados 20 ind. (Loures et al., 2007). Machado et al. (2004)amostraram 16 ind. na Fazenda Beira Lago, Lavras, MG; Foram encontrado três ind.na Reserva Florestal do Morro Grande, Cotia, SP (Catharino et al., 2006); ParqueBotânico do Morro Baú, Ilhota, SC (Iza, 2002).

Distribuição

Ocorre nos Estados de Minas Gerais, Espírito Santo, São Paulo, Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina (Quinet et al., 2011).

Ecologia

Arbusto de 2 a 6 m alt., ramos alvo-tomentosos.Folhas alternas, cartáceas, elípticas, face abaxial esparso pubescente; domáciasem tufos de pelos na axila de nervuras secundárias. Inflorescência tirsóideaxilar. Flores díclinas, tépalas iguais, pilosas. Fruto bacáceo, globoso sobre cúpulacônica, subemisférica (Quinet, 2006; 2008). Em material vivo a coloração daflor varia de creme a amarelada e o fruto maduro é vinho-escuro com cúpulavermelha (Brotto, 2010). Floração: fevereiro e de julho a dezembro; frutificação: de novembro adezembro (Quinet, 2008). Ocorre na Floresta Ombrófila Densa das terras baixas e montana, Floresta Ombrófila Mista, Floresta Estacional Semidecidual submontana e montana (Quinet, 2006). Espécie secundária tardia, zoocórica (Catharino et al., 2006).

Ameaças

1 Habitat Loss/Degradation (human induced)
Detalhes A Zona da Mata mineira necessita de estudos básicos de vegetação, poisela não está em situação diferente das demais regiões do País, sofrendo altograu de perturbação decorrente de práticas agrícolas inadequadas e da expansãodemográfica, mineradora e industrial (Marangon et al., 2003).

Ações de conservação

4.4 Protected areas
Situação: on going
Observações: Ocorre em áreas protegidas como: Reserva Biológica de Poço das Antas, Silva Jardim,RJ (Quinet, 2006; Guedes-Bruni et al., 2006); Parque Estadual do Ibitipoca, MG(Carvalho et al., 2000); Reserva Biológica do Tinguá, RJ (Braz et al., 2004); FlorestaAtlântica na Reserva Natural Rio Cachoeira, Antonina, PR; Reserva Florestal doMorro Grande, Cotia, SP (Catharino et al., 2006).

1.2.1.3 Sub-national level
Situação: on going
Observações: Considerada "Rara" (RR) pela Lista vermelha da flora do Paraná (SEMA/GTZ-PR, 1995).